Democracia = Governo do Povo, para o povo, pelo povo.
Essa deveria ser a tradução exata do termo.
Mas no Brasil, terra do jeitinho, terra das oportunidades e dos oportunistas, com maestria criou-se uma nova versão para o termo, passando para Governo do Povo para o Povo do Governo e pelo Povo que Governa.
As eleições que se aproximam estão sendo conduzidas igualmente a forma a que se conduzem atualmente os partidos políticos, que ao invés de lideranças ideológicas, eleita por partidários sérios com ideologias definidas e defensoras daqueles ideais que originou a fundação e formação de sigla, transformou-se em balcão de negociatas, que tem como objetivo único a manutenção de um grupo restrito e comprometido com interesses próprios e não são raros interesses escusos diversos, que tem variações desde a corrupção, tráfico de drogas, prostituição, chegando até ao interesse claro de tomada definitiva do poder na tentativa de se criar aqui no Brasil uma Nova Cuba, desta vez uma Cuba com dimensão continental.
A Câmara dos Deputados, em uma manobra sutil, criou mecanismos aparentemente democráticos, com a única finalidade de impedir o acesso de novas lideranças ao panorama político e de garantir maior facilidade na manutenção das cartas marcadas que interessam a política baixa, medíocre e marginal que perambula nos corredores de Brasília, nas Assembléias Legislativa do Estados e as Câmaras Municipais.
A obrigatoriedade do prazo de filiação partidária, que aparentemente foi instituída com o objetivo de impedir a venda de legendas, obrigando a que o pretendente tenha no mínimo um ano de filiação partidária, na prática é uma ferramenta para que o pretenso candidato seja obrigado a aceitar os acordos nefastos, antidemocráticos, anti ideológicos e milionários, pactuados entre partidos tradicionalmente de posições diferentes, com objetivo único de se conquistar maior espaço no horário gratuito de televisão e rádio, em apoio a interesses de manutenção do poder ou de interesses alheios ao interesse público.
Hoje os Presidentes dos partidos mantém domínio absoluto sobre seus delegados através de comissões provisórias, que podem ser alteradas de acordo com o interesse de seus dirigentes, obrigando que os alicerces partidários sejam submissos ao desejo daquele que se apresenta na qualidade de seus representantes, uma mudança clara de valores.
Seria injustiça exemplificar com legendas de Deputado Federal, Deputados Estaduais, Senadores, pois o numero de conchavos envolvem um numero imenso de nomes e falcatruas que apenas nesse blog seria impossível nomear. Deixar algum exemplo sem ser comentado, seria uma forma de defender ou omitir alguma legenda, sendo que isso não seria correto. Vou usar como exemplo apenas a legenda da Presidência da República, por ser cargo único na disputa e permite que possa ser melhor observado.
O nosso Presidente, Excelentíssimo Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, que por décadas defendeu ideologicamente suas opiniões contra todos os Governos aos quais se opunha, teve participação atuante contra o Governo do então Presidente José Sarney, no entanto observem as suas mudanças de opiniões.
Esta mudança tão radical não pode ser fruto de uma mudança ideológica, visto que ideologia é algo que acreditamos contra tudo e contra todos, é intimo, é algo pelo qual lutamos e até morremos quando é serio. Não condeno qualquer linha ideológica, desde que seja sincera por parte daquele que a defende. Quando o individuo muda de posicionamento com tanta facilidade, não pode ser levado a serio essas atitudes devem ser analisadas com cuidado. Devemos sempre nos perguntar: porque da mudança?
Essas mudanças de opiniões sempre vêm acompanhadas de coligações partidárias descabidas, negativamente admiráveis, vergonhosas e surpreendentes, sem qualquer deliberação dos seus filiados, delegados ou simpatizantes ideológicos.
Assim ficam os pretensos candidatos sérios, com objetivos patrióticos e sociais, impedidos de defender uma sigla qualquer, pois sem a possibilidade de ter certeza com quem irá caminhar nas próximas eleições, não se filiam, sem saber se no momento das eleições, será contra ou a favor da situação, até de seus próprios ideais e se estará coligado ao lado daqueles que defendem seus ideais, ou não. Assim, nessa condição, como ser candidato, sem saber que partido se alinha com seus ideais políticos e sociais?
A democracia é o direito de igualdade, teoricamente os partidos são o caminho para oficializar seus posicionamentos, mas quando não se tem partidos ideológicos e sim entidades intermediadoras de interesses momentâneos, a boa política deixa de existir, para ficarmos nas mãos de ditadores de interesses próprios oficializados por votos induzidos por engodo, especialmente a mentira da igualdade social através esmola incentivadora da acomodação publica.
Essa realidade cruel empanada por projetos sociais paternalistas e enganadores, por números estimativos de crescimento e aceitação, apoiados e divulgados por uma imprensa comprometida com as verbas das propagandas institucionais, são o caminho mais fácil para induzir o eleitor ao erro de escolha nas urnas. Fazendo crer que está elegendo livremente o melhor, quando está por engano, pois por via da indução, levado a oficializar interesses daqueles que de fato estão corrompendo sua opinião, para dar continuidade de seus objetivos espúrios.
Somos brasileiros, um País rico em todos os aspectos, aqui temos petróleo, aqui temos água, aqui temos clima temperado, aqui temos minérios e riquezas, aqui temos biodiversidade, aqui temos boa terra para plantio, aqui temos espaço para crescer de forma inteligente, aqui temos espaço para pastos naturais que valoriza a nossa pecuária, aqui temos um povo valente, aqui temos um povo trabalhador, aqui temos tudo que as grandes nações lutam em guerras sangrentas para conquistar apenas um único dos diversos itens que o Brasil tem em abundancia, o que nos falta então? Nos falta malicia, para observar, rejeitar e exigir respeito daqueles que se esbaldam com a nossa fartura, dedicando apenas migalhas para quem com boa fé, os mantém no Poder.
Se nossos antepassados combateram os Holandeses, se conquistaram a Republica, se defenderam nossas divisas, recuperaram a democracia, cabe a nós agora, combater para que seja respeitada a nossa dignidade.
Precisamos uma nova política, onde o objetivo seja o Povo, não uma política destrutiva que apenas privilegia o Povo que nos Governa, precisamos de uma nova organização política, para permitir novos brasileiros se defenderem e defenderem seus ideais democraticamente, através de partidos reais, sem donos, sem sermos obrigados a nos prostituir no Bordel político instituído no Brasil!
Por uma nova Lei Eleitoral Democrática, transparente e moderna, defendo o fim do voto obrigatório, a criação do voto distrital e a manutenção da ficha limpa, sem direito a recursos judiciais vergonhosos.
Se você concorda que é esse o caminho, peço que ajude a divulgar essa mensagem, somente assim poderemos ser ouvidos.
Gerson Santos.
Condebra- Conselho Nacional de Defesa do Eleitor Brasileiro. (entidade em formação)
(obs. Não sou candidato, sou apenas um eleitor insatisfeito com tudo que vemos, ouvimos e assistimos calados)
Nenhum comentário:
Postar um comentário