28/02/2011 - 13h45
Mantega diz que país não tem dinheiro para comprar caças
Da Redação, em São Paulo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo não tem dinheiro para comprar caças novos para as Forças Armadas neste ano. "Não temos previsões para a aquisição de caças neste ano. Não há recursos disponíveis, portanto, acho bastante improvável que se faça aquisição de caças neste ano. Não há espaço fiscal", afirmou.
Há uma disputa para a compra dos aviões militares desde o governo Lula. Esperava-se uma definição da presidente Dilma Rousseff.
Escolha de caças para o Brasil - Os concorrentes
Foto 1 de 21 - Dassault Rafale F3 - Três concorrentes disputam o programa F-X2, que consiste na compra de 36 caças multiuso para substituir os modelos em operação, entre eles, o Rafale Mais French Navy/Reuters
A declaração foi feita durante entrevista coletiva em Brasília para detalhar os cortes de mais de R$ 50 bilhões no Orçamento do governo.
O governo reajustou a receita líquida e as despesas do Orçamento deste ano. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, houve redução de R$ 18,087 bilhões nas receitas. A maior queda na estimativa de receitas foi a da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), que caiu R$ 6,185 bilhões.
"Temos que ser realistas com a projeção de arrecadação", disse Mantega. Já o corte nas despesas ficou em R$ 50,087 bilhões.
Houve redução de R$ 15,762 bilhões de despesas obrigatórias. Além disso, foi acrescentado um crédito extraordinário de R$ 3,5 bilhões.
O corte das despesas discricionárias chegou a R$ 36,2 bilhões, enquanto os vetos a Lei Orçamentária Anual (LOA) somaram R$ 1,623 bilhão. Segundo Mantega, a política econômica segue a mesma linha.
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09/02/2011 - 16h30 / Atualizada 14/02/2011 - 19h40
Corte de R$ 50 bi no Orçamento não vai causar recessão, diz Mantega
Da Redação, em São PauloO ministro da Fazenda, Guido Mantega, divulgou nesta quarta-feira (9) um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento da União para este ano, mas disse que isso não vai provocar recessão na economia nacional.“Não é o velho, tradicional ajuste fiscal que se fazia no passado, que derruba a economia, que leva pra recessão e derruba o emprego. Vamos garantir que o crescimento sustentável tenha continuidade. Para 2011, a meta de crescimento do PIB é de 5%. É um nível alto. Continuaremos perseguindo o crescimento”, disse Mantega ao anunciar o corte.O ministro disse também que os programas sociais do governo não serão atingidos pelo corte. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reforçou que nenhuma verba do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) será cortada.“Vamos fazer uma forte redução de gastos de custeio no Orçamento 2011. Ao mesmo tempo, vamos exigir um aumento da eficiência do gasto: com menos recurso, realizar mais. Fazer o dinheiro render mais”, afirmou Mantega.Segundo Mantega, o corte permite que o salário mínimo fique em R$ 545. “Esse reajuste foi feito para viabilizar o pagamento disso e não mais que isso”, disse.Inflação
As medidas do governo eram esperadas pelo mercado como forma de atacar o risco de volta da inflação.As preocupações sobre inflação ficaram ainda maiores depois de ontem, quando foi divulgado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. O indicador registrou alta de 0,83% em janeiro. Foi a maior taxa desde abril de 2005 (0,87%).Nos últimos 12 meses, o índice está acumulado em 5,99%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (5,91%).Os grupos alimentação e bebidas e transportes foram os principais responsáveis pelo resultado de janeiro, o equivalente a 67% do IPCA do mês (0,83%), sendo 0,27 ponto percentual dos alimentos e 0,29 ponto percentual dos transportes.
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